(Foto: "Acendendo Um Zippo", de Amandio C. © 2004 )
Retrospectos...
Estava a meditar nestes dias, estes, os primeiros do ano que começa. É comum entre todos esta prática nesta época, que se inicia com o advento das festas natalinas e revéllion do ano anterior. Retrospectos sempre nos acometem neste período...
Lembranças do que se tem vivido até então. Lembranças do que não se tem vivido até então.
Recordações, envoltas em sentimentos diversos:
Alegria pelos projetos realizados, pelos novos amigos que conquistamos, pelos antigos que tornaram-se mais amigos, por estarmos nos lugares certos, nas horas certas, e assim, contribuirmos para que o destino nos surpreenda, por aquele encontro inesperado, por aquelas pessoas inesperadas, pelas atitudes tomadas que, de alguma forma, mudaram o curso de nossas vidas, e nos fizeram crescer como pessoa.
Resignação pelos projetos que ainda estão na gaveta, esperando para serem colocados em prática. Por termos economizado sentimentos, por não termos amado mais, por não termos dito as coisas certas às pessoas certas, pelo desperdício de palavras fúteis, por não termos dado o devido valor às coisas e às pessoas que realmente são importante para nós...e não termos reconhecido isto. Arrependimento pelo que deixamos de fazer, por causa do medo que nos paralisa, e como diria Drummond, pela "prudência egoísta que nada arrisca". Por termos magoado pessoas queridas, por não termos perdoado aquele que nos magoou, pois "não importa quão boa seja uma pessoa, um dia ela irá lhe magoar, e você precisa perdoá-la por isso", assim como deseja ser perdoado por suas falhas.
Como diz uma canção bem conhecida, eu fiquei pensando que neste ano que passou eu...
"Devia ter amado mais, ter chorado mais
Ter visto o sol nascer.
Devia ter arriscado mais e até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer.
Queria ter aceitado as pessoas como elas são.
[...]
Devia ter complicado menos, trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr.
Devia ter me importado menos com problemas pequenos
Ter morrido de amor."
Bom, se o tempo não pára, eu também não vou parar por aqui. Não acho que o ano que passou foi ruim, pois se dificuldades existiram, elas não conseguiram me vencer. A prova disso é o fato de estar escrevendo estas reflexões. E se consegui passar por elas, é sinal que aprendi algo, e com com isso, hoje sou mais maduro.
Algumas coisas ganhei, outras perdi. Algumas pessoas ficaram, outras se foram. Mas aprendi que não se deve entristecer por que as coisas acabam ou por que as pessoas se vão, e sim agradecer por que elas existiram.
Obrigado 2004 por sua existência. Nunca lhe esquecerei.
Seja bem-vindo 2005. Me chamo Ayres, e será um prazer conhecê-lo...
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