Saiu o Line-Up do Nokia Trends
Várias estrelas já confirmaram presença na segunda edição do
Nokia Trends, que traz o
Sonár ao Brasil. Jeff Mills, Ricardo Villalobos e Matthew Dear são só alguns dos nomes que encabeçam a lista. Conheça todos no site
Nokia Trends.
O sucesso de Matthew Dear, Ricardo Villalobos e Richie Hawtin no
Sonár confirma que o
tecno e a
house minimalistas (mais cerebral e sem tanta bombação) estão em alta. Bem vindo ao novo.
Brazil é Hype
Em Barcelona só dá Brasil. Nas vitrines das lojas bacanas, há de chinelos brazucas a editoriais de moda fotografados no Brasil. E, claro, muita camisa da seleção. Tamo na moda!
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Cotas Universitárias:
Inclusão Social ou Irresponsabilidade Política?
Uma polêmica discussão, a algum tempo adormecida, voltou a ocupar as páginas políticas dos principais jornais e revistas: trata-se das
cotas raciais e sociais nas universidades públicas, que foi debatido no Congresso no
dia 14 deste mês, pela primeira vez desde que o
Ministério da Educação apresentou projeto de lei que institui o sistema. O assunto divide opiniões, e como considero o assunto delicado, por tratar-se não apenas de números ou estatísticas, mas do futuro de milhares de pessoas menos favorecidas, bem como da excelência educacional universitária, postarei um
"ping-pong" sobre o tema, reunindo opiniões de jornalistas e estudantes sobre diversos pontos, contra e a favor, das cotas nas universidade públicas.
Cotas Universitárias X Excelência Educacional
Segundo o jornal
O Estado de São Paulo, Mais de
7 mil negros vão estudar em universidades públicas este ano graças a políticas de cotas. Desse total, cerca de
3.500 jovens são calouros. Os demais entraram no ano passado e cursarão agora o 2.º ano. Até o ano passado, apenas três instituições estaduais - duas do Rio e uma da Bahia - reservavam vagas para candidatos negros. Agora, a Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (Uems) e a Universidade de Brasília (UnB) também adotam o critério.
Desempenho - Segundo escreveu o jornalista
Luís Nassif, em sua coluna no site do
Projeto Brasil (um empreendimento jornalístico de acompanhamento das principais políticas), o sistema de cotas raciais e sociais nas universidades seria um risco para a busca de excelência no setor. Para Nassif,
"depois de entrar na universidade, o aluno terá que cursá-la, aprender, passar de ano, se desenvolver para, depois, atingir o objetivo final de ter um bom emprego. Como dois e dois são quatro, a maioria absoluta dos alunos que entrarem nas universidades pelo atalho das cotas não completarão os cursos. Os que completarem teriam conseguido entrar na universidade sem o expediente das cotas."
Mas, segundo dados divulgados em
O Estado de São Paulo de 15 de Junho, Nassif não está correto em sua afirmação.
"Existe essa idéia de que a criação de cotas vai baixar a qualidade do ensino nas universidades públicas. Mas temos dados, como os levantados pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro, mostrando que isso não é verdade", defendeu o frei
David Santos, diretor da Educafro, uma organização não governamental voltada para educação de negros e pessoas de baixa renda. Segundo Santos, uma pesquisa mostrou que
48,9% dos
beneficiados pelas cotas tiveram média
acima de 7 no final do primeiro ano de aplicação do sistema na
Uerj. Entre os alunos não beneficiados pelas cotas,
47,1% alcançaram a mesma média.
"Praticamente, um empate técnico. As cotas estão derrubando os paradigmas de que os cotistas negros e pobres vão fazer cair o nível das faculdades", disse ele.
Responsabilidade - Sob o manto da
responsabilidade social, Nassif chama a atenção para duas irresponsabilidadesque se praticará, através do implemento de cotas: uma com o
aluno, que, sem formação anterior, se esfalfará, terá que
estudar e
trabalhar ao mesmo tempo, com quase nenhuma condição de aproveitar ou mesmo
completar um curso superior de bom nível; outra para com o
país, ao desperdiçar recursos públicos e a
banalizar ainda mais os cursos superiores. Para o jornalista, o
vestibular é a forma mais democrática de acesso. No vestibular tanto faz se a pessoa é
branca ou
negra,
rica ou
pobre. Passa quem fizer a melhor prova.
Olhando por um único ângulo, a implementação de cotas já seria uma
discriminação racial, já que, no momento da inscrição para o vestibular, onde se optaria por uma
"cor" ou
"raça", o que não é justificável, já que
potencial,
habilidades e
capacidades, independem do fator
"raça/cor"; a diferença vem antes. Os mais pobres não têm acesso aos bons cursos médio ou a cursinhos e, muitas vezes, nem conseguem cursar por falta de condições financeiras. "Inclusão com responsabilidade consiste em monitorar a escola pública, identificar os melhores alunos e –aí sim— desde cedo ampará-los financeiramente até à Universidade, permitindo que integrem a elite intelectual do país", acrescenta Nassif.
Redução Gradual - Recentemente,
Brito Cruz, reitor da
Unicamp, contava sobre dois aspectos da universidade que dirige: a maioria dos alunos não é de
classe média abastada, como se presume; os melhores alunos são os de menor renda que
conseguiram passar no vestibular. Venceram concorrendo em condições adversas e, por isso mesmo, são dotados de muito mais talento e garra do que os colegas que atingiram o mesmo patamar saindo de uma base mais favorável. O frei
David Santos concorda com a idéia do
MEC de reduzir gradativamente o sistema de cotas com o fortalecimento da qualidade no ensino fundamental e médio da rede pública.
"A cota, por ser tão provocativa, vai melhorar o ensino fundamental e médio e, melhorando, vamos conseguir com tranqüilidade dizer: chega de cotas."
Para Santos, as instituições públicas estão cada vez mais se afastando das pessoas mais pobres, e uma das formas de manter as instituições elitizadas é através da taxa de vestibular.
"Em 1968, 57% dos alunos da USP vinham da rede pública. Em 1993, eram 32%. Em 2000 caíram para 19%. Em 2002, depois que vários estudantes negros e pobres conseguiram na Justiça o direito de não pagar a taxa, já subiu para 21,6%", alegou.
+ Cotas Universitárias
Para ler os artigos citados nestes post na íntegra, acesse:
Projeto Brasil,
O Estado de São Paulo (15 de junho)e
UOL Aprendiz